Graças ao nosso Deus, chegamos em mais uma semana de estudos na nossa EBD. Nesta feita estudaremos o tema A FIDELIDADE DO OBREIRO, e diante de um tema bastante proveitoso para nossos dias estamos disponibilizando um estudo organizado pelo nosso Pastor Altair Germano, através do seu blog. Tenham um bom estudo e aproveitem. SHALOM
Publicado em 9 de Agosto de 2013 as 08:49:53 AM
Tratando-se de igreja evangélica no Brasil (e mais especificamente da
Assembleia de Deus), vivemos um momento bastante crítico em termos de
ministério pastoral. Todos os dias centenas de pessoas, pelos mais diversos
meios e formas recebem uma credencial ou uma ordenação de pastor. Qual o
compromisso com Deus daqueles que ordenam e que são ordenados ao ministério
pastoral? Quais são as suas reais intenções? Como podemos
ser pastores
aprovados por Deus? Como podemos identificar pastores sérios, íntegros e verdadeiros?
Certamente, neste espaço não dá para responder todas estas questões, mas, pelo
menos poderemos promover a reflexão e o debate.
O que é um pastor? Um pastor é um cuidador de ovelhas. Alguém que protege,
alimenta, guia e procura de todas as maneiras possíveis o bem maior para o
rebanho e para cada ovelha. Ele cuida de todas e de cada uma.
SER PASTOR NOS DIAS ATUAIS
Não deveria haver diferença entre o ser pastor nos tempos bíblicos do
A.T. e N.T., com o ser pastor na atualidade. A atividade pastoral, em muitos
lugares está distante do ideal bíblico. Como já escrevi, as ovelhas estão sendo
trocadas pelas coisas. Mesmo que as coisas sejam para o bem das ovelhas, o
contato pessoal, a visitação, o aconselhamento, a pregação e o ensino não podem
ser banidos das atividades cotidianas de um pastor.
O ministério pastoral é um ministério de contato pessoal, e não de
gerenciamento à distância. O perfil do pastor bíblico é o de alguém que entra
no aprisco, e não que manda outro em seu lugar (Jo 10.2), as ovelhas reconhecem
a sua voz (Jo 10.3), chama as ovelhas pelo nome (Jo 10.2b), as conduz com
responsabilidade (Jo 10.2v), dá a vida pelas ovelhas (Jo 10.11), conhece as
ovelhas, ou seja, goza de amizade e intimidade com elas e por elas é conhecido
(Jo 10.14).
Com o advento da Revolução Industrial (séc. XVIII), com o modelo
capitalista de economia, e com as modernas teorias de administração, alguns
segmentos da igreja, inseridos neste contexto cultural, como sempre aconteceu,
pois a igreja não está isenta da influência externa, adotaram o modelo
“piramidal” e “departamental” de administração. Por “piramidal” entenda-se uma
forte ênfase administrativa na hierarquia e um distância crescente de quem está
no topo da pirâmide (pastores) dos que estão na base (membros e congregados).
No meio da pirâmide ficaram os evangelistas, presbíteros, diáconos e líderes em
geral.
Por “departamental” trato da criação de departamentos (como nas
fábricas, lojas, comércio e indústria). Dessa forma temos o departamento
infantil, juvenil, de senhores, de senhoras, de evangelização, de educação, de
música etc. O modelo de igreja família e comunidade doméstica, típico do Novo
Testamento, ao longo dos anos dissiparam-se. O atual modelo pode ser
aproveitado? Acredito que algumas coisas sim, desde que norteadas pelos
princípios bíblicos. O argumento de que a igreja cresceu, não significa
necessariamente que cresceu com saúde. Não são apenas modelos que fazem a
igreja crescer, antes, é o próprio Deus que faz a sua igreja crescer nas mais
diferentes circunstâncias ou situações (At 2.47; 1 Co 3.6).
Além de todas as questões já citadas, ainda temos a política
eclesiástica, que acaba afastando alguns pastores de sua cidade, Estado ou
região. Alguns, em períodos de eleições convencionais privam a igreja de sua
presença partindo em busca de apoio e votos para cargos que não mais produzem o
que já produziram (alguns não produzem nada). Tempo e dinheiro são na
atualidade gastos em vão.
Outro fenômeno que resulta da política eclesiástica atual é a ordenação
do que defino como “pastor miojo”, ou seja, são obreiros (eleitores) formados
“instantaneamente”, apenas com o propósito de votar durantes as assembleias
convencionais naqueles que os ordenaram (seus “padrinhos” ministeriais).
Entendo que uma análise séria e profunda da situação poderia mudar o
quadro, para que o ministério pastoral retomasse o seu real propósito: “Então, os doze convocaram a comunidade dos
discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus
para servir às mesas.” (Atos 6.2).
Apenas pastores ministerialmente saudáveis poderão conduzir de maneira
saudável o rebanho do Senhor:
“Tenho, porém
contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste,
arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei
do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas“. (Ap 2.4-5)
OS FALSOS PASTORES
Para agravar a situação, além de pastores que não cumprem o seu
ministério como deveriam, temos os falsos pastores que fingem cumprir e ter um
ministério “autêntico”.
Falo dos pilantras, dos vigaristas, dos mercenários e bandidos de
plantão e em ação.
- São exploradores das ovelhas. Vivem no luxo absurdo e exagerado à custa dos dízimos e das ofertas dos simples “fiéis. Confundem sustentação com ostentação. (Ez 34.3);
Sem delongas, segue abaixo algumas características dos falsos pastores:
- São apascentadores de si mesmos, ou seja, ministram em causa própria (Ez
34.2);- São exploradores das ovelhas. Vivem no luxo absurdo e exagerado à custa dos dízimos e das ofertas dos simples “fiéis. Confundem sustentação com ostentação. (Ez 34.3);
- São duros, implacáveis e descompromissados com o cuidado e a saúde integral
das ovelhas (Ez 34.4-6);
OS PASTORES E A FORMAÇÃO DAS NOVAS LIDERANÇAS
Cooperar
na formação de novos líderes e pastores faz parte da atividade ministerial.
Infelizmente há aqueles que além de não trabalharem neste sentido, adoecem e
morrem com o cajado na mão. Que os honrados pastores possam discernir e
perceber o tempo de passar adiante o cuidado do rebanho. Saber sair é tão
importante quanto saber chegar.
Formar novos líderes e obreiros não é algo apenas feito com cursos e
discursos, é preciso ser exemplo (1 Co 11.1; Fp 4.9; 1 Tm 4.12).
Fonte: http://www.ebdweb.com.br/
Obs: o texto completo você pode encontrar no Blog do Pr. Altair Germano
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