Shalom
amados, nesta oportunidade estaremos estudando a Lição de nº 5, com o título
bem oportuno para o momento. Nesta feita as observações foram colhidas no site da CPAD. Que
Deus continue abençoando a cada um de nós e tenham uma boa aula
Publicado
em 2 de Agosto de 2013 as 11:25:03 AM
INTRODUÇÃO
I. A
Dinâmica da Salvação
II. Operando a Salvação com Temor e Tremor
III. A Salvação Opera o Contentamento e a Alegria
II. Operando a Salvação com Temor e Tremor
III. A Salvação Opera o Contentamento e a Alegria
CONCLUSÃO
Caro professor, a lição de número 5 tem como
título, o seguinte assunto: “As virtudes dos Salvos em Cristo”. Precisamos
estar atentos para os objetivos a serem alcançados pelos alunos após esta aula:
1.
Conhecer a dinâmica da Salvação.
2.
Analisar a operação da Salvação.
3.
Saber que a Salvação opera alegria e contentamento no crente.
Desenvolver o conteúdo da lição com foco nos
objetivos a serem alcançados pelos alunos é responsabilidade de todo professor.
Mas isso apenas é possível se o professor planejar bem a sua aula. Como disse o
Pastor e educador Marcos Tuler:
Não há como [os professores] desenvolverem um bom
trabalho educativo sem metas bem delineadas à sua frente. Conforme lecionou
Aristóteles, todos os nossos atos devem ter um fim definido, “à maneira dos
arqueiros que apontam para um alvo bem assinalado” (TULER: CPAD, 2006, p.126).
Por isso, para a aula desta semana, sugerimos ao
professor introduzir o assunto da lição definindo o termo “virtude”. Levando em
conta que esta palavra é o termo chave da aula desta semana, o professor poderá
utilizar o Subsídio Filosófico Cristão, que se encontra na seção Auxílio
Bibliográfico I da revista Lições Bíblicas Mestre. Ali, o filósofo cristão,
Arthur Holmes, define virtude como:
Uma disposição interior para o bem, e disposição é
uma tendência a agir de acordo com certos padrões. […] É diferente de um
impulso momentâneo, por ser um hábito mental estabelecido, um traço interior e
muitas vezes reflexivo. As virtudes são traços gerais do caráter que formulam sanções
interiores sobre nossos motivos, intenções e conduta exterior (Lições Bíblicas
Mestre: CPAD, 3º Tri, 2013, p.35).
O prezado professor poderá confirmar na Lição de
Mestre que o termo “virtude” é sintetizado eficientemente no quadro
palavra-chave da revista: “Na lição é a disposição firme e constante para a
prática do bem”. Esta definição está em pleno acordo com o conceito proposto
por Arthur Holmes.
Ainda na introdução da aula, explorar a palavra
virtude reforçará a fundamentação teórica para estabelecermos a tese principal
da lição: “Ser perseverante na obediência ao Santo Evangelho”. Cabe aqui, uma
indagação: “Por que seremos perseverantes na obediência ao Santo Evangelho?”
Será nesta perspectiva que trabalharemos os demais tópicos da lição, procurando
responder ao que está sendo proposto como tese principal da aula: Porque a
Salvação é Dinâmica (Tópico I); Porque a salvação opera com Temor e Tremor
(Tópico II); Porque a Salvação opera o Contentamento e a Alegria (Tópico III).
Desejamos a todos uma ótima aula!
Marcelo de Oliveira e Oliveira, redator do Setor de
Educação Cristã da CPAD.
REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA:
CABRAL, Elienai. Lições Bíblicas: Filipenses, A
humildade de Cristo como exemplo para a Igreja. 3º Tri. Rio de Janeiro: CPAD,
2013.
TULER, Marcos. Abordagens e Práticas da Pedagogia
Cristã. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
Publicado
no Portal CPAD
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2º TEXTO PARA ESTUDO
Publicado
em 2 de Agosto de 2013 as 07:56:02 PM
Quando lemos o texto de
Filipenses 2.12,13, onde Paulo declara que os crentes devem operar a sua
salvação, mas que Deus é quem opera o querer e o efetuar, devemos ter cuidado
para não nos cairmos no extremismo. Se ressaltarmos apenas o verso 12,
poderíamos pensar que a salvação é realizada unicamente por nossos esforços, o
que é totalmente falso (este pensamento caracteriza o pelagianismo, que foi
condenado como herege pela igreja). Se, por outro lado, enfatizarmos apenas o
verso 13, poderíamos pensar que não devemos fazer absolutamente nada para
sermos salvos e vivermos uma vida santa. Devemos esperar totalmente em Deus,
que ele nos salve e nos mantenha longe do pecado.
O verdadeiro ensino de Paulo está
no equilíbrio: A salvação vem de Deus, que dá ao homem a condição de crer em
Jesus, não resistindo à graça divina, e a permanecer na fé, mas que este homem
deve procurar viver uma vida de tal maneira que agrade a Deus. E a capacidade
para isto vem da própria graça de Deus. Este é o ensino arminiano.
A Declaração Remonstrante,
documento de origem do arminianismo declara nos seus pontos centrais: “Que o
homem não podia obter a fá salvífica de si mesmo ou pela força de seu próprio
livre arbítrio, mas necessitava da graça de Deus, através de Cristo, para ser
renovado no pensamento e na vontade (Jo 15.5)”;
“Que esta graça foi o início, o
desenvolvimento e conclusão da salvação do homem, de forma que ninguém poderia
crer nem perseverar na fé sem esta graça cooperante, e consequentemente todas
as boas obras devem ser atribuídas à graça de Deus em Cristo”;
“Que os verdadeiros cristãos
tinham força suficiente, através da graça divina, para enfrentar Satanás, o
pecado, o mundo, sua própria carne, e a todos vencer, mas que se por
negligência eles pudessem apostatar da verdadeira fé, perder a felicidade de
uma boa consciência e deixar esta graça, tal assunto deveria ser mais
profundamente investigado de acordo com as Escrituras Sagradas”. (OLSON, Teologia
Arminiana, pg. 41).
Armínio, na sua obra “Declaração
de Sentimentos”, afirma: “Em seu estado pecaminoso e caído, o homem não é
capaz, de e por si mesmo, quer seja pensar, querer ou fazer o que é, de fato,
bom, mas é necessário que seja regenerado e renovado em seu intelecto, afeições
ou vontade e em todas as suas atribuições, por Deus em Cristo, através do
Espírito Santo, para que seja capaz de corretamente compreender, estimar,
considerar, desejar e realizar o que quer que seja verdadeiramente bom. Quando
ele é feito um participante dessa regeneração ou renovação, eu considero que,
uma vez que ele é liberto do pecado, ele é capaz de pensar, desejar e fazer o
que é bom, mas entretanto, não sem a contínua ajuda da graça divina” (OLSON,
Teologia Arminiana, pg. 53).
Então vemos que o arminianismo
não crê num sinergismo onde o homem faz a sua parte e Deus a dele. Crê que Deus
toma a iniciativa e dá ao homem toda a condição para crer, pela graça. O homem
apenas não resiste à esta graça e aceita o que Deus lhe oferece, pela fé. O
homem deve permanecer crendo em Cristo para sua salvação e, mesmo para o
regenerado, a condição de permanecer vem da graça. A capacidade de aceitar a
graça vem da própria graça divina.
Se acreditarmos que a capacidade
de perseverar vem de nós, fruto da nossa disciplina, em “pagar o preço” na
oração, estudo da Bíblia, jejum, etc, estamos caindo no pelagianismo e negando
a plena necessidade da graça divina.
Não devemos entender que “a
operação do Eterno habilita qualquer pessoa à salvação através da iluminação do
Evangelho (Jo 1.9)” – ponto 3 da lição 5, como se toda a obra do Espírito Santo
em nós fosse apenas a capacitação do nosso entendimento, mas que a vontade para
fazer o bem é natural do homem, pois este ensino caracteriza o semipelagianismo,
que também foi considerado herege pela igreja.
A obra do Espírito Santo é muito
mais do que apenas no entendimento humano. Ele habilita o homem caído, pela
graça divina, a ouvir, entender e aceitar o evangelho, dando-lhe a capacidade
de não rejeitar a graça que lhe é oferecida.
No entanto, como esta graça,
quanto à seu modo de operar, é resistível, há muitas exortações na Palavra, a
que o homem não se afaste de Cristo, persevere crendo e prossiga para o alvo
para o qual o Senhor nos chamou: Cristo.
Não devemos, pois entender que as
virtudes dos salvos são qualidades morais naturais deles, ou o poder de fazer o
bem que eles apresentam, mas que toda a virtude vem de Deus. É Ele, e apenas
Ele que nos capacita a fazer o bem, pela graça, mesmo para os salvos.
Ev. Kleber Maia
Publicado no blog Doutrinas Bíblicas
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