sábado, 3 de agosto de 2013

Escola Biblica Dominical - Lição 5

   Shalom amados, nesta oportunidade estaremos estudando a Lição de nº 5, com o título bem oportuno para o momento. Nesta feita as observações foram colhidas no site da CPAD. Que Deus continue abençoando a cada um de nós e tenham uma boa aula


Publicado em 2 de Agosto de 2013 as 11:25:03 AM 

INTRODUÇÃO
I. A Dinâmica da Salvação
II. Operando a Salvação com Temor e Tremor
III. A Salvação Opera o Contentamento e a Alegria

CONCLUSÃO

Caro professor, a lição de número 5 tem como título, o seguinte assunto: “As virtudes dos Salvos em Cristo”. Precisamos estar atentos para os objetivos a serem alcançados pelos alunos após esta aula:
1.    Conhecer a dinâmica da Salvação.
2.    Analisar a operação da Salvação.
3.    Saber que a Salvação opera alegria e contentamento no crente.

   Desenvolver o conteúdo da lição com foco nos objetivos a serem alcançados pelos alunos é responsabilidade de todo professor. Mas isso apenas é possível se o professor planejar bem a sua aula. Como disse o Pastor e educador Marcos Tuler:

Não há como [os professores] desenvolverem um bom trabalho educativo sem metas bem delineadas à sua frente. Conforme lecionou Aristóteles, todos os nossos atos devem ter um fim definido, “à maneira dos arqueiros que apontam para um alvo bem assinalado” (TULER: CPAD, 2006, p.126).
Por isso, para a aula desta semana, sugerimos ao professor introduzir o assunto da lição definindo o termo “virtude”. Levando em conta que esta palavra é o termo chave da aula desta semana, o professor poderá utilizar o Subsídio Filosófico Cristão, que se encontra na seção Auxílio Bibliográfico I da revista Lições Bíblicas Mestre. Ali, o filósofo cristão, Arthur Holmes, define virtude como:
Uma disposição interior para o bem, e disposição é uma tendência a agir de acordo com certos padrões. […] É diferente de um impulso momentâneo, por ser um hábito mental estabelecido, um traço interior e muitas vezes reflexivo. As virtudes são traços gerais do caráter que formulam sanções interiores sobre nossos motivos, intenções e conduta exterior (Lições Bíblicas Mestre: CPAD, 3º Tri, 2013, p.35).
O prezado professor poderá confirmar na Lição de Mestre que o termo “virtude” é sintetizado eficientemente no quadro palavra-chave da revista: “Na lição é a disposição firme e constante para a prática do bem”. Esta definição está em pleno acordo com o conceito proposto por Arthur Holmes.
Ainda na introdução da aula, explorar a palavra virtude reforçará a fundamentação teórica para estabelecermos a tese principal da lição: “Ser perseverante na obediência ao Santo Evangelho”. Cabe aqui, uma indagação: “Por que seremos perseverantes na obediência ao Santo Evangelho?” Será nesta perspectiva que trabalharemos os demais tópicos da lição, procurando responder ao que está sendo proposto como tese principal da aula: Porque a Salvação é Dinâmica (Tópico I); Porque a salvação opera com Temor e Tremor (Tópico II); Porque a Salvação opera o Contentamento e a Alegria (Tópico III).
Desejamos a todos uma ótima aula!
Marcelo de Oliveira e Oliveira, redator do Setor de Educação Cristã da CPAD.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
CABRAL, Elienai. Lições Bíblicas: Filipenses, A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja. 3º Tri. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
TULER, Marcos. Abordagens e Práticas da Pedagogia Cristã. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

Publicado no Portal CPAD

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2º TEXTO PARA ESTUDO


Publicado em 2 de Agosto de 2013 as 07:56:02 PM

Quando lemos o texto de Filipenses 2.12,13, onde Paulo declara que os crentes devem operar a sua salvação, mas que Deus é quem opera o querer e o efetuar, devemos ter cuidado para não nos cairmos no extremismo. Se ressaltarmos apenas o verso 12, poderíamos pensar que a salvação é realizada unicamente por nossos esforços, o que é totalmente falso (este pensamento caracteriza o pelagianismo, que foi condenado como herege pela igreja). Se, por outro lado, enfatizarmos apenas o verso 13, poderíamos pensar que não devemos fazer absolutamente nada para sermos salvos e vivermos uma vida santa. Devemos esperar totalmente em Deus, que ele nos salve e nos mantenha longe do pecado.
O verdadeiro ensino de Paulo está no equilíbrio: A salvação vem de Deus, que dá ao homem a condição de crer em Jesus, não resistindo à graça divina, e a permanecer na fé, mas que este homem deve procurar viver uma vida de tal maneira que agrade a Deus. E a capacidade para isto vem da própria graça de Deus. Este é o ensino arminiano.
A Declaração Remonstrante, documento de origem do arminianismo declara nos seus pontos centrais: “Que o homem não podia obter a fá salvífica de si mesmo ou pela força de seu próprio livre arbítrio, mas necessitava da graça de Deus, através de Cristo, para ser renovado no pensamento e na vontade (Jo 15.5)”;
“Que esta graça foi o início, o desenvolvimento e conclusão da salvação do homem, de forma que ninguém poderia crer nem perseverar na fé sem esta graça cooperante, e consequentemente todas as boas obras devem ser atribuídas à graça de Deus em Cristo”;
“Que os verdadeiros cristãos tinham força suficiente, através da graça divina, para enfrentar Satanás, o pecado, o mundo, sua própria carne, e a todos vencer, mas que se por negligência eles pudessem apostatar da verdadeira fé, perder a felicidade de uma boa consciência e deixar esta graça, tal assunto deveria ser mais profundamente investigado de acordo com as Escrituras Sagradas”. (OLSON, Teologia Arminiana, pg. 41).
Armínio, na sua obra “Declaração de Sentimentos”, afirma: “Em seu estado pecaminoso e caído, o homem não é capaz, de e por si mesmo, quer seja pensar, querer ou fazer o que é, de fato, bom, mas é necessário que seja regenerado e renovado em seu intelecto, afeições ou vontade e em todas as suas atribuições, por Deus em Cristo, através do Espírito Santo, para que seja capaz de corretamente compreender, estimar, considerar, desejar e realizar o que quer que seja verdadeiramente bom. Quando ele é feito um participante dessa regeneração ou renovação, eu considero que, uma vez que ele é liberto do pecado, ele é capaz de pensar, desejar e fazer o que é bom, mas entretanto, não sem a contínua ajuda da graça divina” (OLSON, Teologia Arminiana, pg. 53).
Então vemos que o arminianismo não crê num sinergismo onde o homem faz a sua parte e Deus a dele. Crê que Deus toma a iniciativa e dá ao homem toda a condição para crer, pela graça. O homem apenas não resiste à esta graça e aceita o que Deus lhe oferece, pela fé. O homem deve permanecer crendo em Cristo para sua salvação e, mesmo para o regenerado, a condição de permanecer vem da graça. A capacidade de aceitar a graça vem da própria graça divina.
Se acreditarmos que a capacidade de perseverar vem de nós, fruto da nossa disciplina, em “pagar o preço” na oração, estudo da Bíblia, jejum, etc, estamos caindo no pelagianismo e negando a plena necessidade da graça divina.
Não devemos entender que “a operação do Eterno habilita qualquer pessoa à salvação através da iluminação do Evangelho (Jo 1.9)” – ponto 3 da lição 5, como se toda a obra do Espírito Santo em nós fosse apenas a capacitação do nosso entendimento, mas que a vontade para fazer o bem é natural do homem, pois este ensino caracteriza o semipelagianismo, que também foi considerado herege pela igreja.
A obra do Espírito Santo é muito mais do que apenas no entendimento humano. Ele habilita o homem caído, pela graça divina, a ouvir, entender e aceitar o evangelho, dando-lhe a capacidade de não rejeitar a graça que lhe é oferecida.
No entanto, como esta graça, quanto à seu modo de operar, é resistível, há muitas exortações na Palavra, a que o homem não se afaste de Cristo, persevere crendo e prossiga para o alvo para o qual o Senhor nos chamou: Cristo.
Não devemos, pois entender que as virtudes dos salvos são qualidades morais naturais deles, ou o poder de fazer o bem que eles apresentam, mas que toda a virtude vem de Deus. É Ele, e apenas Ele que nos capacita a fazer o bem, pela graça, mesmo para os salvos.

Ev. Kleber Maia

Publicado no blog Doutrinas Bíblicas


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